Em uma galáxia muito, mas muito distante, havia um tempo em que as pessoas escreviam, lambiam o selo e enviavam cartas umas para as outras. O mensageiro transformou-se em carteiro, e através de suas mãos chegavam envelopes de todos os tamanhos, que escondiam palavras de amor e de dor. Hoje, cada vez que avisto o carteiro levo um susto. O dia de pagar as contas está chegando, again and again.
Se por um lado meu inconsciente clama pelo desaparecimento dos carteiros e das contas, de outra parte sempre acho simpático ver ele chegando, e fico até um pouco decepcionada quando ele passa reto, sem deixar qualquer envelope em minha caixa de correio. Quando nem as lojas, bancos e financeiras te procuram mais, então a solidão é total. Claro que há outros meios, instantâneos, de comunicação, que deram uma estocada quase mortal nas cartas de folhas amarelecidas escritas com canetas bico de pena ou tinta de nanquim. Tem e-mail, orkut, twitter, msn, skype, facebook, chat, blog, torpedo, e mais outras invenções do mundo pré-apocalíptico.
Cartas de amor - Todas as cartas de amor são ridículas. Não seriam cartas de amor se não fossem ridículas. Também escrevi em meu tempo cartas de amor, Como as outras, ridículas. As cartas de amor, se há amor, Têm de ser ridículas. Mas, afinal, Só as criaturas que nunca escreveram Cartas de amor É que são ridículas (Fernando Pessoa)
E vendo-o sempre de maneiras diferentes do que o encontro a ele.
Faço pensamentos com a recordação do que ele é quando me fala,
E em cada pensamento ele varia de acordo com a sua semelhança.
Amar é pensar. E eu quase que me esqueço de sentir só de pensar nele.
Não sei bem o que quero, mesmo dele, e eu não penso senão nele.
Tenho uma grande distração animada. Quando desejo encontrá-lo
Quase que prefiro não o encontrar,
Para não ter que o deixar depois.
Não sei bem o que quero, nem quero saber o que quero.
Quero só pensar nele. Não peço nada a ninguém, nem a ele, senão pensar.
Amem e escrevam!
Bah, realmente... Lembro da minha infância, qdo o carteiro chamava no portão, pois aqui em casa não tínhamos a caixinha do correio... Eu ia sempre tãããããoooo feliz, na esperança de que alguém, qualquer pessoa, lembrasse de mim, da mãe, do pai, etc, etc, etc, e tivesse enviado uma carta... Ai, que sansação bem boa!!!
ResponderExcluirE por falar em carta... Lembrei de uma música que adoooooroooooo!!! Aí vai:
A Carta
Renato Russo & Erasmo Carlos
Escrevo-te
Estas mal traçadas linhas
Meu amor!
Porque veio a saudade
Visitar meu coração
Espero que desculpes
Os meus erros, por favor
Nas frases desta carta
Que é uma prova de afeição...
Talvez tu não a leias
Mas quem sabe até darás
Resposta imediata
Me chamando de:
"Meu Bem"
Porém o que importa
É confessar-te uma vez mais
Não sei amar na vida
Mais ninguém...
Tanto tempo faz
Que li no teu olhar
A vida côr-de-rosa
Que eu sonhava
E guardo a impressão
De que já vi passar
Um ano sem te ver
Um ano sem te amar...
Ao me apaixonar por ti
Não reparei
Que tu tivestes
Só entusiasmo
E para terminar
Amor assinarei
Do sempre, sempre teu...
Tanto tempo faz
Que li no teu olhar
A vida côr-de-rosa
Que eu sonhava
E guardo a impressão
De que já vi passar
Um ano sem te ver
Um ano sem te amar...
Ao me apaixonar por ti
Não reparei
Que tu tivestes
Só entusiasmo
E para terminar
Amor assinarei
Do sempre, sempre teu...