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escrevo a dor e o prazer de viver vivo para escapar da morte morro e acordo cada vez mais forte

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

As rosas vermelhas e a rosa púrpura

Queridos e queridas,

Pela primeira vez desde que comecei a escrever aqui, pensei em tirar o dia de folga. Meu aniversário. Mais um (ainda bem!). Quanto mais o tempo passa, melhor eu me sinto, em todos os sentidos. Não sinto saudade dos meus vinte anos, porque era muito mais rebelde, mas muito mais ansiosa, e em função disso atropelei muitas situações. Inexperiência? Aprendizagem? Ou imaturidade? Acho, hoje, que foi um pouco de tudo isso. Houve muitas coisas boas, e outras que prefiro nem lembrar mais.

Os 30 vieram para acalentar sonhos, projetos, centrar mais na vida, família, trabalho... Ou não? Sei lá, passaram tão rápido... Mas a magia dos 30 era imaginar que poderia ficar sempre por aí e não ir adiante. Uma espécie de auge, de apogeu feminino. Corpo, sexualidade, mente. Uma engenhosidade da natureza que aparentemente está em seu melhor momento. Aparentemente, porque na verdade os 30 estão apenas preparando terreno para a temida e destemida idade dos 40. Quando a mulher torna-se mulher. Muitas são mães, como eu. Muitas estão separadas, como eu. Muitas estão na luta pela afirmação de seus sonhos, não tão delirantes como os dos 20, mas muito mais ardentes, mais sedentos e mais serenos. A vida respira ofegante, pede passagem. Vigor, vitalidade, energia. É tempo de rever o que se plantou, fazer as podas necessárias, semear na mudança de estação. Porque os 40, ao contrário do que se imaginava um tempo atrás, não são o começo do fim, são apenas o começo. Ou o recomeço.

Eu tive um dia lindo, especial, com meus filhos que amo mais do que tudo nesta vida, Bruninho, Rafaela e Thomas. Com o apoio do meu ex-marido. Com a lembrança dos parentes e dos amigos, por telefonemas, emails, mensagens no celular, postadas no Facebook, no Orkut e assim por diante.

Com meu Olhos Verdes. Com rosas vermelhas. Sinto-me uma mulher amada e que ama muito. Olho para essas rosas, relembro do filme A Rosa Púrpura do Cairo, o preferido de Woody Allen, que o roteirizou e dirigiu em 1985. A louca história de Cecilia, a desempregada garçonete que foge de sua vida problemática na sala de cinema, até que o ator sai da tela para o coração de Cecilia. Este filme recebeu vários prêmios:Globo de Ouro, Bafta, César, Fipresci no Festival de Cannes, Saturno, Bodil e uma indicação ao Oscar.

Cecilia sonhou. Cecilia encarnou seus sonhos. Hoje eu tive um dia de Cecilia, com um ator, o Poderoso Chefão Marlon Brando, que não me trouxe uma, mas uma dúzia de rosas vermelhas.
E esse roteiro original não é o preferido do Woody, é o meu!!!!
Baci!!
Mensagem de minha amigairmã Valéria:
A Flor rara
Enquanto vamos rumando para a primavera, prá lá do meio de setembro, é o aniversário daquela que eu costumo chamar de Flor Rara. Flor rara é destas mulheres especiais que povoam a terra, com a graça de Deus. Elas estão por aí,f alando de séculos atrás ou borboleteando pelos dias de hoje.
Quando as encontramos, ficamos imóveis, meio pensativos. Sabemos estar diante de alguma coisa ou pessoa diferente.A minha amiga que faz aniversário hoje, dia 16.09.2009, é uma destas pessoas.Primeiro eu soube que ela adora o Pearl Jam, que é maluca pelo House, que cursou filosofia, faz filmes, tem um blog fantástico (acordanoabismo) onde pode mostrar sua maestria em escrever. Minha amiga é múltipla, diferente, corajosa a não mais poder, decidida, pragmática.
Minha amiga é romântica e já publicou um livro de poesias. Ela é mãe de três lindos rebentos, é dona de casa, faz jardinagem, está a frente da Liga dos Direitos Humanos. Voando sempre, voando muito! Imagino a Giancarla, minha amiga-irmã, como uma flor que nasce belíssima na parede íngreme de uma montanha, no alto de uma cascata, só do outro lado do rio. Não precisa de estufa, não se incomoda com o vento, nem com a umidade, nem com a lonjura.
Às vezes vejo nela a sombra de uma índia, os traços de uma dama antiga, o sorriso de menina. Hoje é o dia do aniversário da Gian e eu nem sei o que desejar a ela. Talvez devesse dizer seja sempre assim, meio flor, meio índia, meio menina mas eu sei da sua incansável transformação,da sua busca; por isso só posso agradecer por sua amizade-irmandade, por tê-la encontrado assim, no meio do caminho, me permitindo com seu entusiasmo abraçar uma causa apaixonante que começa a me fazer feliz. Gian-seja muito, muito, muito FELIZ. Beijos!

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